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Novas diretrizes em tempos de paz #3

Como qualquer um de vocês pode notar, o blog vem passando por uma fase meio caótica. Entre longos hiatos, atualizações esporádicas, posts confusos e textos que se lidos ao contrário podem possivelmente conter mensagens satânicas, fica cada vez mais claro o final da era de ouro do Just Wrapped, com o total abandono da intenção de ser uma espécie de Tom Hanks da internet brasileira – regular, consistente, simpático, dançando em cima de teclados gigantes ao som de jingles de iogurte tipo petit suisse – e a adoção de uma postura claramente mais Lindsay Lohan para blogar – inconstante, loucão, possivelmente abusando de certas substâncias e namorando com garotas que tem experiência como dj. Continuar lendo

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3 grandes vitórias pessoais do ano de 2011

Ser pago pra escrever – Uma sensação que eu sempre imaginei que deve estar entre as melhores do mundo é a de ser pago pra fazer aquilo que você ama. Não aquilo que você suporta, não aquilo que você tolera, não aquilo que você faz pela grana, não aquilo que você acha que pode agüentar durante vários anos se beber bastante e for tentando se motivar com atividades paralelas e apostas pessoais como “vou levar pra reunião esse projeto visual que envolve gatos halterofilistas como imagem de fundo para os comunicados de reestruturação corporativa, só pra ver o que rola”. E depois de ter, durante esse ano, pego alguns frilas que me permitiram ser pago pra escrever em outros lugares basicamente o mesmo tipo de coisa que eu escrevo aqui, eu posso dizer sem medo que a sensação é ainda melhor do que eu esperava.   Continuar lendo

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Sobre simpatia, antipatia, trabalho e todas essas pessoas que não gostam de você

Poucas coisas são mais complicadas para um ser humano do que processar o conceito de que outras pessoas realmente não gostam dele. Talvez seja por conta da sociedade narcisista em que vivemos, que tende a valorizar tanto o “eu” que torna praticamente absurdo que alguém não simpatize com uma pessoa tão sensacional quanto você (seja “você” quem for). Talvez seja culpa da educação que recebemos e da incapacidade dos nossos pais de, durante nosso processo de formação, apenas nos “mandar a real”, fazendo com que perguntas como “por que as outras crianças não gostam de mim?”, “por que as meninas não querem sair comigo?” ou “por que não tenho amigos no curso de inglês?” recebam respostas vagas como “porque elas ainda não te conhecem bem”, “por que elas são umas bobas” e “você só precisa ter paciência”, ao invés de respostas claras como “porque você é esquisito”, “porque você é feio” ou “porque você é esquisito, feio e faz perguntas demais”. Mas no final a verdade é que, criados e ambientados numa lógica pessoal que nos faz amar a nós mesmos e ser tolerantes com os nossos defeitos – afinal, nós somos nós – é sempre um desafio compreender como alguém pode apenas não gostar de pessoas tão legais, divertidas, engraçadonas e sensacionais como nós. E bonitas também. Esqueci de mencionar bonitas.

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Sobre Peter Petrelli e outros caras que são piores em relacionamentos do que você

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Uma das grandes coisas que a gente aprende quando gosta de séries de TV é a lidar com as nossas frustrações e com a idéia de que a nossa opinião não pode sempre prevalecer, isso é a vida e as vezes não adianta muito reclamar. Pushing Daisies foi cancelada, a Fox exibe toda a programação dublada, Law and Order tem 500 spin offs, Lost foi como um longo relacionamento de seis anos que terminou com frustração e traição, Tal filho tal pai ficou apenas no piloto, entre outras tantas pequenas injustiças e traumas que vão nos tornando mais fortes e mais tolerantes com o tempo.

E dentre todas as pequenas frustrações que eu tive com seriados nos últimos anos eu desconfio que a pior de todas foi Heroes. Sim, a série sobre pessoas com poderes especiais que teve uma primeira temporada brilhante (com um final muito ruim), uma segunda temporada ruim, com a qual eu tentei ter paciência por conta da primeira temporada brilhante (ainda que com final ruim) e uma terceira temporada sobre a qual eu sinceramente não quero falar. O quarto ano da série eu admito abertamente que não vi, mas acho que o fato de ter levado a série ao cancelamento não é exatamente um sinal de que as coisas melhoraram muito, os roteiros ficaram supimpas e a série ganhou tantos emmys quanto você ganharia foras numa festa da Ford Models.

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